Brasil deverá ser um dos primeiros países visitados pelo novo presidente do Chile

janeiro 16, 2010

Santiago – O Brasil deverá ser um dos primeiros países visitados pelo futuro presidente do Chile, segundo previsão de diplomatas que acompanham os candidatos que disputam amanhã (17) o segundo turno. Para os aliados do oposicionista Miguel Sebastián Piñera (Alianza), que é de centro-direita, e do governista e ex-presidente Eduardo Frei-Ruiz (Concertación), de centro-esquerda, o vencedor deverá ir primeiramente ao Brasil e à Argentina. Há consenso sobre isso nas duas campanhas.

Apontado como líder político e econômico na América Latina, o Brasil é também um parceiro histórico do Chile. As relações bilaterais entre os dois países vêm desde desde o século 19, da época do imperador Pedro II.

O Chile tem no Brasil o principal parceiro econômico na América Latina. O Brasil exerce o papel fundamental de interlocutor com os argentinos e peruanos, uma vez que os chilenos têm divergências históricas com esses dois povos.

Porém, a Argentina deverá ser o primeiro país visitado tanto por Piñera quanto por Frei, segundo aliados de ambos. Isso por causa das relações delicadas que ligam os dois países e da maior fronteira que separa o Chile da Argentina.

Por enquanto, outros países não estão nos planos dos dois candidatos. Uma das possibilidades é tentar quebrar a frieza entre chilenos e peruanos, causada por denúncias de espionagem militar, e recomendar uma visita ao Peru. Mas isso ainda não está definido.

No entanto, antes, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, informou que pretende fazer uma série de viagens pela América do Sul. Ela irá no próximo mês à Colômbia, à Argentina e ao Uruguai. O Brasil, por enquanto, não foi incluído nos planos dela, que, no dia 11 de março, transmitirá o cargo ao novo presidente.

Amanhã, a partir das 7h, aproximadamente 9 milhões de chilenos vão escolher o futuro presidente do país. A expectativa é que o índice de abstenção seja alto em decorrência do período de férias. No Chile os eleitores votam em cédula de papel e geralmente usando lápis, e não caneta.

Fonte: Agência Brasil


ONU poderá modificar o mandato da Força de Paz no Haiti

janeiro 16, 2010

Brasília – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, estimou que os militares brasileiros poderão passar mais cinco anos no Haiti, onde comandam a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), desde junho de 2004. O prazo da presença e o comando brasileiros na Força de Paz dependerão dos desdobramentos da ação humanitária e da reconstrução do país.

A Força de Paz com contingente de 6.700 homens de 16 países está no Haiti cumprimento de um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), que há seis anos atendeu o pedido do governo interino haitiano para que uma força internacional apoiasse transição política pacífica e constitucional e mantivesse a segurança interna do país mais pobre do ocidente.

“O batalhão não pode se afastar da sua missão”, disse em Brasília o general Jorge Armando Félix, ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, após a 7ª reunião do gabinete de crise do governo federal que acompanha a situação do Haiti.

Segundo Félix, a Força de Paz tem uma missão diferente da ação humanitária e voltará a se ocupar da segurança interna. “Progressivamente cada um vai ocupar o seus espaços”, disse, fazendo menção à Força de Paz e a outros contingentes que estão chegando ao Haiti para prestar auxílio. Os Estados Unidos preparam-se para mandar 10 mil homens para o país

Félix afirma que o governo brasileiro não sabe se terá de aumentar efetivo de militares na Força de Paz, prorrogar presença no Haiti ou se será necessário mudar o mandato da Minustah. Ele, no entanto, avalia que a presença brasileira nos últimos seis anos,“impõe quase uma obrigação” de que o país aumente e mantenha ajuda. Segundo ele, um novo contingente de militares brasileiros já está preparado para substituir os soldados que estão no país.

Conforme o Almirante Paulo Zúccaro, subchefe de Comando e Controle do Estado Maior do Ministério da Defesa, “é possível que haja mudança”, mas por enquanto a Força de Paz continua cumprindo tarefas de segurança determinadas pelo mandato da ONU. “Essa é atribuição principal”, disse o embaixador Antônio Simões, subsecretário-geral da América do Sul do Ministério das Relações Exteriores.

Para o diplomata, o Haiti “está em uma situação limite” e para mudar o mandato “é preciso que haja avaliação”. O embaixador negou que a expressiva presença americana pós-terremoto possa gerar situações de duplo comando. Segundo ele, “tudo se passa em clima de harmonia e entendimento”. Há uma preocupação do governo brasileiro dwe que a situação do país após o terremoto gere instabilidade e traga situações de descontrole e até guerra civil.

Fonte: Agência Brasil


Tendência é de aumento das relações bilaterais do Brasil com o Chile, diz embaixador

janeiro 16, 2010

Santiago (Chile) – O cenário de incerteza sobre quem será o novo presidente do Chile, uma vez que os dois candidatos em disputa aparecem muito próximos de acordo com as pesquisas de opinião, não afeta as relações políticas e econômicas com o Brasil. A análise é do embaixador do Brasil no Chile, Mario Vilalva, à Agência Brasil. Para ele, a tendência é de ampliação das relações bilaterais, uma vez que há interesses de ambos os lados.

“A tendência é de ampliação. Se o vitorioso for o candidato da oposição [Sebastián Piñera], ele é um empresário bem sucedido e capaz de reconhecer o que é importante para seu país. Se o eleito for o ex-presidente [Eduardo Frei] ele conhece bem o cenário latino-americano e o quanto é fundamental manter e ampliar essas relações”, disse o embaixador.

No domingo (17), cerca de 9 milhões de chilenos irão às urnas para escolher entre os candidatos da oposição, Miguel Sebastián Piñera (Alianza), de centro-direita, e o governista, Eduardo Frei (Concertación), de centro-esquerda. Pelas pesquisas recentes, Piñera tem uma ligeira vantagem sobre Frei. O oposicionista aparece com 50,9% enquanto o ex-presidente tem 49,1%. As eleições no Chile serão realizadas de 7h às 16h. A expectativa é que à noite o resultado seja conhecido.

Atualmente o país latino-americano que mais recebe investimentos do Chile é o Brasil. Em 2008, foram investidos cerca de US$ 9 bilhões. Os chilenos compram petróleo, automóveis, ônibus e aparelhos celulares dos brasileiros. O Brasil investiu aproximadamente US$ 2 bilhões no Chile. Dos chilenos, os brasileiros compram cobre, salmão, frutas e vinho.

As relações políticas e econômicas entre os dois países datam do século 19, dos tempos de Dom Pedro II. O Brasil é o principal parceiro econômico do Chile na América Latina e exerce o papel fundamental de interlocutor com os argentinos e peruanos, uma vez que os chilenos têm divergências históricas com esses dois vizinhos.

Fonte: Agência Brasil